Buscando o engajamento dos estudantes no Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção do suicídio e valorização da vida, a equipe do Serviço de Orientação Pedagógica (SOP) e o Serviço de Supervisão Escolar (SER) envolveram o ensino médio e as turmas de anos finais do ensino fundamental proporcionou, nos dias 19 e 20 de setembro, palestra com o psicólogo Henry Wolff. Os encontros aconteceram no período matutino, no auditório da escola e tiveram diferentes abordagens: os estudantes do ensino médio refletiram sobre “Propósito e Performance: um diálogo entre a Psicologia e a Neurociência para nos ajudar a alcançar realizações” e os do ensino fundamental conheceram o conceito de “Comunicação Não-Violenta: dissolvendo conflitos através da inteligência emocional”.

Para o ensino médio, Wolff destacou o autoconhecimento como a chave para o encontro da pessoa com seu propósito de vida, que serve como uma bússola para a performance necessária para alcançá-lo, o que a motiva. Em entrevista, ele alertou, porém, para o risco que o acesso prematuro às redes sociais representa nesse processo: “hoje, às vezes com quatro anos de idade, as crianças já estão se inspirando em uma pessoa [influencer], uma figura social virtual e ela não tem estrutura ainda para ser influenciada. Ela primeiro tem que saber quem ela é, para depois casar com o que ela quer.  Esse casamento é a fórmula do sucesso, mas muitas vezes pula a primeira etapa, que é descobrir quem é e só busca o que quer. Às vezes se sacia e depois fica o vazio, ou não sacia, por ser incondizente com aquilo que ela é, e fica mantendo uma frustração”.

Já para os estudantes do ensino fundamental, o foco foi a comunicação não violenta (CNV). Essa é uma prática que tem como objetivo gerar mais compreensão e colaboração nas relações pessoais, profissionais e até da pessoa consigo. A CNV foi sistematizada pelo psicólogo Marshall Rosenberg, que escolheu esse nome inspirado nos trabalhos de resistência não-violenta de Gandhi e Martin Luther King.

O psicólogo primeiro apresentou os quatro passos da CNV aos estudantes: a observação, o sentimento, a necessidade e o pedido, explicando e ilustrando cada um deles, de forma muito didática, com possíveis situações do cotidiano. Depois, separou a plateia em grupos e passou a orientar a prática, para que os alunos entendessem como a forma de comunicação pode impactar as relações e como é possível, por meio da comunicação não violenta e da inteligência emocional, resolver conflitos de maneira respeitosa, empática e assertiva.

Todos os estudantes dos dois níveis de ensino foram convidados a vestir camiseta amarela na sexta-feira (dia 20), como sinal de apoio à campanha e eles ainda receberam, da CIPA,  pirulitos, em forma de rosas amarelas, na saída do turno.