Estudantes embarcam na Rota do Café

ESCOLA FRANCISCANA IMACULADA CONCEIÃÃO
Estudantes embarcam na Rota do Café
Além de colher, alunos aprenderam a peneirar o café

No período de 27 a 29 de junho, estudantes das turmas de 7º ano do Ensino Fundamental participaram numa verdadeira imersão no universo do café, por meio da vigem pedagógica que fizeram à Londrina, cidade localizada no norte do Paraná e que já foi a maior produtora no país e no mundo. O projeto multidisciplinar possibilitou um roteiro em que a história dessa cultura fosse desvendada e ainda a vivência de todo o processo de produção na lavoura de café.

A família Rosseto está na quarta geração de produtores no Sítio Luiza Café Especiais, em  Mandaguarí (PR), município próximo a Londrina. Atualmente, além do foco na qualidade do produto e não mais na quantidade, como foi em outros tempos. Como verba complementar, eles atualmente abrem o sítio para o turismo rural. “O café especial vem crescendo muito e as pessoas vêm buscar esse café, mas também querem uma história, um convívio diferente. Elas querem saber quem são esses produtores - pequenos agricultores – e participar do processo para entenderem a diferença entre de um café de especial para um café comum”, explica Fernando Rosseto que hoje, com o irmão Wagner, está tomando as rédeas da propriedade que até então era administrada pelo pai, José Carlos. 

E os estudantes da EIC puderam virar o café na seca ao ar livre, colher e experimentar o fruto maduro, peneirar o fruto colhido, entender o processo de rega, adubação e cuidado para evitar pragas e ainda comeram “no cafezal”, como os antigos trabalhadores faziam. São manejos diferenciados, atualizados com o novo ciclo em que a qualidade do café paranaense tem ganhado notoriedade nacional.

“Não conseguimos mais resgatar a quantidade que tínhamos em 70, mas estamos buscando qualidade porque com ela se ganha mercado, se ganha o mundo”, diz Fernando. Esse caminho vem sendo trilhado desde 2017, quando a família obtive o primeiro lugar na categoria Café Natural, concurso Nosso Café Yara, em Minas Gerais. Em 2018, ficara em segundo lugar, com pontuação superior à do ano anterior, o que ressalta a qualidade do café que o Sítio vem produzindo. Geograficamente, essa qualidade está ligada à fertilidade da “terra roxa” e pela localização geográfica na linha do trópico de Capricórnio, o que garante temperatura ideal e chuvas bem distribuídas durante o ano, que contribuem para o aroma acidez e sabor do café que produzem.

Pedro Ferreira de Andrade Rezende, do 7º A, mostra-se encantado com o processo do café. “Achei bem interessante o jeito que eles irrigam, do processo de cano que pinga em cada pé de café. A gente mexeu o café, vou todo o ciclo dele, como é seco, lavado -até tomamos um pouco do café -, torramos ele e eu gostei demais dessa experiência, dessa viagem pedagógica para Londrina. A gente aprendeu bastante coisa”, testemunhou ele.

O roteiro ainda proporcionou a ida ao Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, órgão ligado à Universidade Estadual de Londrina, sediado no prédio da segunda estação ferroviária da cidade, no centro da cidade. Eles simularam a compra de ticket, conferência da passagem e passeio de “trem” pelos pontos turísticos da cidade, com direito a degustação de café, na chamada Rota do Café Paraná.

A viagem foi encerrada após a visitação ao Museu do Café, parte da estrutura da unidade Sesc Londrina Cadeião, localizado em um prédio icônico dos anos 1960, usado como presídio e delegacia por 54 anos. Hoje, é um local de informações contemporâneas, eventos, experimentações e vivências, uma vez que oferta à população serviços culturais, de lazer, de conhecimento e de aprendizado.

 

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